domingo, 30 de novembro de 2008

Poema da semana

Este é o Bocage. Amico nostro!

Soneto do Epitáfio

Lá quando em mim perder a humanidade
Mais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi-gratia — o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:

Não quero funeral comunidade,
Que engrole "sub-venites" em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade:

Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:

"Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro".


Manuel Maria Barbosa du Bocage














2 comentários:

Anónimo disse...

mestre da academia de letras em lisboa na sua época, até queria ver se se juntassem todos os génios portugueses de todos os tempos num espaço à parte do mundo e num tempo intemporal com transmissão em directo e exclusiva da RTP 2 se havia alma que batesse Bocage! Este homem devia conhecer todas as palavras que há no dicionário português. Como é que surgem pessoas assim?
Um senhor e sem papas na língua

Anónimo disse...

http://prixviagrageneriquefrance.net/ viagra generique
http://commanderviagragenerique.net/ vente viagra
http://viagracomprargenericoespana.net/ viagra generico
http://acquistareviagragenericoitalia.net/ viagra acquisto